Estou eu, parada na porta da geladeira, de onde provinha a única iluminação da cozinha, levando a garrafa d'água à boca, quando senti como se ela desse um tranco, bati o gargalo nos dentes e derramei água pelo chão e na minha roupa. Não teve jeito, era pra ser apenas um gole rápido em plena madrugada, mas tive q acender a luz, pegar um pano e limpar a bagunça. Pude ouvir e sentir, fora de mim, meu eu exterior rindo, com sua gargalhada caracteristicamente escandalosa, enquanto eu, carne e osso, limpava aborrecida e sonolenta a molhadeira do piso marrom do apartamento alugado.
Não havia mais ninguém ali além de eu mesma, mas não apenas um 'eu', há também, ao meu lado, meu eu exterior, como um clone meu invisível, muito sapeca, que empurrou a garrafa para que fosse feita a bagunça, que coloca o dedinho na rota dos cantos , derruba a comida do garfo, nos fazendo assustar ao levar à boca talheres sem nada, faz isso parar rir muito de nós mesmos.
Quando sentir que seu eu exterior te sacaneou, ria dele, de si mesmo, ou de ambos.
Há um ano
4 comentários:
bom texto.
heaheahea
achei bacana mesmo ^^
Aposto que a gargalhada caracteristicamente escandalosa não é só do seu eu exterior.
É do interior também.
Opa, acho que fui redundante.
Ou não? Hehehehee.
Beeijo.
como um bom clone invisível d mim mesma, o eu exterior tem a mesma risada q meu eu completo
UAUhauhAUHauhAUHauhAUHauhAUHUa
UHAUHAUHUhaUAHUAH...comédia...<--- foi meu "eu-exterior" que deu risada hein...¬¬...perdoe-me
Gostei, texto bacana. Parabéns, jovem.
=]
Postar um comentário