É quando tudo faz sentido. Quando as coisas mudam de valor. As velhas preocupações são ofuscadas pela luz do novo sol; As alegrias fantásticas brilham ao reflexo da luz.
A luz ainda não ofusca e faz os olhos arderem, mas se deixa encarar.
A brisa leve tem cheiro, som e sabor de manhã.
Da manhã que pode ser duas.
A manhã depois da noite. A despedida.
Despida de forças a noite se entrega.
A manhã que começa o dia. O recomeço.
Depois do breve momento em que o dia ainda não faz sentido, ele começa.
Começa e acaba, mais uma vez.
Espera pelo próximo dia, que o meu começa agora. De noite.
Vestida de luz, à noite se entrega.
Quando afaga meus cabelos e acaricia meus pensamentos.
Quando me olha nos olhos e sinto sua retina puxar a minha, cada vez pra mais perto, numa atração explosiva que me mantém na inércia de querer só continuar te olhando.
Quando me pega pela mão e guia meus passos, à mercê do seu caminho, pelo simples prazer de andar com você.
Quando me pega no colo, abraça apertado e de repente parece que nada no mundo vai conseguir me alcançar.
Essas lágrimas pateticamente desesperadas que insistem em cair de vez em quando, suplicando que continuemos juntos, inundando e salgando o coração e o paladar de uma maneira tão estranha que só a doçura do seu beijo e do som da sua voz emocionada pode quebrar.
Diz que fica. Só até amanhã de manhã. Amanhã.
Há um ano