13 de jul. de 2011

Lumus

Sabe quando uma coisa te invade, e você não sabe se está feliz ou triste?

Dessas coisas que nem tem nome, só cor e cheiro, e são tantos.

Ah, amigos são esses que eu passo meses sem uma conversa decente, mas que quando eu encontro é como se tivesse visto ontem, na escola. E a sensação de que faltei um dia de aula, e justo nesse dia tudo aconteceu, muitas novidades, mas o assunto continua onde parou da última vez.

A diferença talvez seja que nessa época a gente nem dava oi ou se despedia toda vez que se via, já ia direto pra conversa.


Sabe quando você se arrepende de tudo, tudo que te afastou dessas pessoas, mas olha pra frente e vê que muitas dessas coisas foi que te trouxeram outras pessoas maravilhosas.

E que algumas situações seriam insustentáveis se perdurassem, e só eram perfeitas pela certeza do futuro distanciamento. Mas os que são de verdade nunca vão, só continuam vivendo, como eu, mas sempre a um telefonema de distancia.

Aí eu entendi, três anos e meio mais tarde, o medo não era cursinho ou não ir pra faculdade, era não saber pra onde iria... não ter pelo que esperar, não ter uma conversa de segunda-feira.

E eu pensava que 'àquela' altura da vida não seria capaz de amar daquele jeito de novo, que já era tarde. Mas nunca acaba, nunca deixa de chegar pessoas, e nunca deixam de ir, até amanhã.


Voltar é tão dificil quanto ir, e cada vez com mais bagagem.


"São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem
Da partida...

A hora do encontro
É também, despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar"

Encontros e Despedidas - Milton Nascimento



Nox

Um comentário:

Gisele Buss disse...

Feiaaaaaa.
não gosto mais de vc, assim como não gosto dos seus desenhos...

Nunca posso entra no seu blog quando eu não to legal. isso me deixou com medo, porem com mais coragem pra ir em frente, pq qm ficar é pq vale a pena ^^